domingo, 26 de agosto de 2012

Há males que vem para o bem!

Traduzindo: Christian Bale fez testes para o papel de Robin em Batman Eternamente (2005). Ironicamente nos próximos poucos (lê-se MUITOS) anos, ele fez Bruce Wayne/Batman em Batman Begins e suas continuações The Dark Knight e The Dark Knight Rises.

HÁ MALES QUE VEM PARA O BEM, HEIN, BALE? Ele é muito fã do Cavaleiro das Trevas, mas ainda bem que ele não conseguiu o papel de Robin nos filmes horrendos do Schumacher. Anos depois, algo BEM MELHOR foi apresentado a ele: Batman nos filmes fantásticos do Nolan! Thank God!

Momento Desabafo: Beleza não é tudo!!!

Cá estou eu, em plena madrugada, falando de um assunto que tem me chateado muito: POR QUE RAIOS AS GAROTINHAS TEM QUE ESCOLHER UM ATOR PREFERIDO POR CAUSA DA BELEZA??? Se gostam do Bale, é por causa da beleza dele na trilogia do Nolan. SÓ E SOMENTE SÓ. Por que amam o nada talentoso Robert Pattinson? Por causa da beleza dele, apesar de achar ele um baita feioso. Enfim, gosto é gosto. Que tal um ator que eu sempre achei ruim, mas a população inteira da minha raça (lê-se feminina) o ama? O famoso Daniel Radcliffe! Vamos para um talentoso agora: amam o Johnny Depp? Por que ele é lindo, né?

Ok, FODAM-SE VOCÊS QUE AMAM SEUS ÍDOLOS POR CAUSA DE BELEZA! *respira* "Ah, mas ele é super hiper mega talentoso, o Bale." Concordo, minha cara, mas já viu O Operário? "Ahhh, não! Ele tá muito magro nesse filme. Quero não!" VÃO PRA PQP! Os filmes que eu mais gosto do Bale são justamente O Operário, O Vencedor e Império do Sol. "Esse O Vencedor é aquele que ele teve que emagrecer de novo?" Sim. "Ele tá feio lá, não gostei do filme. E esse Império do Sol?" Ele atuou com 13 anos. "Afff, criança ainda? Quero ver não." DÁ VONTADE DE MANDAR TODAS IREM PARA A...!!!

Outro exemplo? Sabem o novo filme do Superman que vai estreiar próximo ano nas telonas? O ator escolhido foi Henry Cavill. Uma pessoa teve a cara de pau de dizer para mim que não gostou da escolha dele por ele não ser BONITO. Ok, além de ele ser bonito sim, e sim, e mais ainda sim, ele é talentoso.

O que eu quero dizer com isso? Que essas mongolóides de hoje deveriam procurar saber mais sobre um assunto se elas quiserem dar palpites ou ser fã de um determinado ator. FIM.

sábado, 25 de agosto de 2012

Quando a Mágica se torna mortal: A Amizade que gerou a Inimizade

Are you watching closely? - Alfred Borden
Meu irmão ficou batendo em uma tecla sempre: Jessica! Faça uma review de O Grande Truque! E revi o filme justamente para isso. Um dos poucos que me cativaram de verdade, não porque eu sou fã do Bale e nem porque adoro os filmes do Nolan. Você que já viu sabe muito bem o que eu quero dizer. O Grande Truque (2006) é baseado em um livro com o mesmo nome, do autor Christopher Priest (The Prestige, no original). Dirigido pelo brilhante Christopher Nolan, tem como atores Hugh Jackman, Christian Bale, Scarlett Johansson, Michael Caine e David Bowie. No momento em que você pensa que está entendendo o filme, você é sempre surpreendido com uma novidade. É como se o filme por si fosse um truque de mágica para o telespectador. Aconselho que não leia esse post se não viu o filme ainda. ATENÇÃO: SPOILERS ABAIXO!!!

O filme nos traz a história de Robert Angier (Jackman), um rico aristocrata que decidiu entrar na vida da mágica com John Cutter (Caine) e sua esposa, Julia McCullough (Piper Perabo). Entretanto, Cutter conheceu outro interessado por mágica chamado Alfred Borden (Bale) e decidiu contratá-lo para fazer parte dos números e truques. Borden era muito pobre e procurou pelo emprego para não morrer de fome, ao contrário de Angier que se interessava por pura curiosidade. Com o passar das apresentações, Borden foi absorvendo mais a ideia de que aquela era a vida que ele queria. Ambos Borden e Angier eram amigos até um dia brigarem porque Borden queria amarrar a esposa de Angier de um modo diferente, porém mais perigoso. Angier não aceitou e assim também Cutter.
O filme possui vários cartazes que mostram ilusões de ótica.
Entretanto, em uma apresentação, Borden amarrou as mãos de Julia da forma que ele queria sem a autorização de Angier e Cutter, porém com a permissão da própria Julia. Mas, o que era curiosidade de ambos acabou em desastre: Julia morreu afogada na armadilha na frente de todos os telespectadores. Depois daquilo, Angier passou a ter ódio por Borden que acreditava que seu agora rival havia matado o amor de sua vida. Enquanto Angier maquinava sua vingança contra Borden, Borden conhecia o amor de sua vida, Sarah. Casaram-se e para sustentá-la, ele passou a ser mágico; sem sucesso, pobre e de pouco renome, porém, brilhante. Em uma de suas apresentações, ele resolveu usar o truque da arma que não mata, mas Angier estava lá para cumprir sua vingança. Ele atirou nos dedos esquerdos da mão de seu rival. E ali que começava a briga mortal para ver quem se tornava o melhor Mágico da Inglaterra, principalmente quando Borden enriquece com seu truque perfeito, O Homem Transportado. Daí, temos dois caminhos no roteiro. O telespectador decide para quem vai torcer e se impressiona cada vez que o filme vai passando.

Robert Angier - The Great Danton: De um lado temos o rico Angier com o codenome de mágico The Great Danton, criado pela sua falecida esposa. Ele é vingativo, esperto e sua vida passou a ser derrubar Borden e conseguir o segredo para O Homem Transportado, tentando recriá-lo várias vezes com O Novo Homem Transportado e O Verdadeiro Homem Transportado. Ele até mesmo esquece que o real motivo para ele estar fazendo isso tudo era vingar sua esposa, mas ele fica obcecado em Borden e até joga a ideia de sua esposa de lado. Angier confia em Cutter e sua nova assistente e amante, Olivia Wenscombe (Johansson). Ele também contata o excêntrico Nikola Tesla (Bowie) para fazer o seu número mais importante e que ajudou Borden a ser executado por pena de morte por causa da suposta morte dele. No fim, ele é morto pelo Alfred que amava Sarah.

Alfred Borden/Frederick Borden/Bernard Fallon - The Professor: De outro lado temos os gêmeos Borden: duas almas, uma vida. O filme não revela o verdadeiro nome do outro gêmeo de Alfred, nem quem é Alfred dos dois, porém no livro, o gêmeo que ama Olivia se chama Frederick Borden. Ao contrário de Angier, os dois eram muito pobres, mas tinham um ao outro. Depois que Alfred levou o tiro, os dois passaram a se disfarçar como Fallon, um engenheiro contratado por Borden, mas que escondia que ambos eram gêmeos, inclusive da própria esposa Sarah. O único que sabia disso desde o começo era Cutter. Os dois se amavam tanto que quando um perdeu os dedos, o outro decidiu também perdê-los para continuar com o plano contra Angier. Um amava Sarah e o outro, Olivia. Frederick ocasionou o suicídio de Sarah e até mesmo o afastamento da amada. No final, ele foi enforcado por ter supostamente matado Angier e Alfred matou o Angier original ao mesmo tempo. Eu acredito que o Alfred que ficou vivo era o mesmo Alfred do começo do filme, que trabalhava com Angier. Uma frase: Frederick - Morto; Alfred - Vivo. Ufa! Vou falar deles separadamente agora.

Frederick Borden: Coloca a mágica acima de tudo, inclusive de sua amada, Olivia. Adora ser chamado de Freddie por ela. Não suporta ficar perto de Sarah e foi o responsável pelo suicídio dela e o afastamento de Olivia. É mais espontâneo, divertido, mas leva tudo a sério, inclusive a rivalidade com Angier. É o mais ambicioso tambem. Ele ama Jess, filha de seu irmão, tanto quanto o outro. Sua curiosidade o matou: seu irmão pediu para pararem de destruir a carreira de Angier e voltarem a viver de verdade depois do suicídio de Sarah. Entretanto, Frederick não escutou Alfred e foi em outro show de Angier onde ele foi acusado de ter matado The Great Danton. Foi enforcado sendo inocente. Ama o irmão a ponto de ter cortado os dedos fora para enganar Angier.

Alfred Borden: Ama Sarah e é pai de Jess. Ao contrário do irmão, ele ama a mágica, mas não exageradamente. Quando é obrigado a ver Olivia, odeia ser chamado de Freddie e sempre a lembra que tem família. É gentil, calmo e cauteloso. Sempre dizia à Sarah que a amava. Foi ele quem pediu para que ambos parassem de destruir a carreira de Angier. Vingou o irmão matando Angier e queimando a máquina dele. Foi ele quem levou o tiro de Angier nos dedos: Frederick teve que cortá-los. É o mais humano dos dois. Apesar do irmão ter provocado o suicídio de sua amada, Alfred não guardava rancor: o amava como se fosse ele mesmo.

Enfim, só mesmo vendo o filme para entender a lógica dos gêmeos Borden e de como Angier fez para um deles ser condenado à pena de morte. O filme vale a pena demais! Vou atrás o livro agora. Bye! 
Abracadabra. - Frederick Borden
 Nota Final: 9

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Explicando o Glam Rock: Velvet Goldmine


Nossa, está com um bom tempo que eu não posto nada aqui. HAHA. Enfim, para aqueles que se sentem ofendidos com os temas "Homossexualismo", "Bissexualismo" e "Crossdressing", sugiro que nem leiam esse post. E para aqueles metaleiros de plantão que odeiam estilos como Glam Rock (tema do filme deste post), New Wave, Punk, etc e tal, parem nessa linha mesmo. E os que detestam David Bowie, Iggy Pop e afins podem tirando o cavalinho da chuva! O post deste momento tem como filme o incrível filme Velvet Goldmine de Todd Haynes. Já falei de um filme do Haynes aqui, I'm Not There que conta a história do Bob Dylan. Enfim, esse diretor adora fazer um filme sobre música e eu dou valor a esse tipo. Não porque é polêmico, mas porque adoro música e os gêneros que eu mais gosto estão longe de serem Metal (há exceções, como sempre!). Ok, não estou aqui para falar dos tipos de música que eu curto e sim sobre o filme.


A história gira em torno de três personagens: Brian Slade (Jonathan Rhys Meyers), Curt Wild (Ewan McGregor) e Arthur Stuart (Christian Bale). Stuart passa o filme inteiro pesquisando e entrevistando pessoas que tiveram contato com Brian para escrever um artigo no jornal onde ele trabalha. Dessa forma, o filme é feito com flashbacks, inclusive da reação de Stuart em relação ao Glam. É fictícia, mas simboliza a ascenção do Glam Rock, o momento de glória e a decadência no começo dos anos 80. O nome do filme é o nome de uma música de David Bowie, um dos principais devotos do Glam na década de 70. O mais engraçado é que ele atua com Bale em O Grande Truque. Enfim, voltando ao foco, Brian representa Bowie na sua era mais Glam Rock: crossdressing (homem se vestir de mulher e vice-versa) e a sua fama no topo. Curt representa o encontro dos estilos de Bowie com Iggy Pop e Lou Reed e Arthur representa nada mais nada menos que o fã de Glam Rock daquela época: curiosidade em relação à sexualidade, sua admiração pelos ídolos e a decepção de como tudo terminou.

Os fãs de Glam Rock da década de 70 no filme com suas roupas andróginas. Um deles é Arthur Stuart (Bale).
Brian tinha problemas em fazer sucesso até conhecer Curt, que o ajudou a alavancar sua carreira. Ambos se tornaram amantes (sim, o filme mostra claramente a cenas deles). Enquanto isso, Stuart se torna fã do Glam, sentindo vontade de usar os mesmos acessórios, de provar um homem sexualmente e de se vestir como um andrógino usando maquiagem e brincos. Sua família o humilha por isso, mas mesmo assim, Stuart continua sendo fã até mesmo depois da decadência do Glam, representada pelo assassinato de Brian. Depois de um bom tempo, já sendo jornalista, Stuart pesquisa sobre a vida de seus ídolos para escrever um artigo. Ele descobre que Wild era amante de Slade, que ambos tiveram uma briga feia que ajudou para a derrocada do gênero. Ele também se lembra da transa que ele teve com Wild em um dos show, no telhado de um prédio. No final, Stuart se reencontra com Wild que lhe presenteia com um broche, que, no filme, traz o sucesso para seu portador. O primeiro a achar o broche foi Oscar Wilde, brilhante escritor (e um dos meus preferidos) que fora acusado de homossexualismo e preso por isso.

Para os fãs de Glam Rock de plantão e até mesmo, simpatizantes do amor gay, recomendo fortemente o filme. A trilha sonora vai de Iggy Pop até mesmo Thom Yorke, vocalista do Radiohead, que empresta sua voz em algumas músicas cantadas pelo personagem Brian. Os atores estão de parabéns: representaram muito bem seus papéis e deram um show de atuação. Muito dos diálogos desse filme vem de Oscar Wilde, que foi outro motivo para eu adorar mais ainda Velvet Goldmine. Todd Haynes é realmente o diretor da música, então mesmo que eu não curtisse Glam, iria adorar esse filme.

Enfim, só não gosta desse filme quem não for fã de Glam ou/e que tenha preconceito, hahaha! Porque as cenas desse filme são hot, e adoro um amor gay. Mas, assista mesmo pela história da música, principalmente você que está estudando para isso. O filme é cheio de detalhes sobre os cantores Glam, apesar de ser fictício.

Nota Final: 7

terça-feira, 21 de agosto de 2012

The New World: Mais um filme que aborda o amor entre Smith e Pocahontas


Para quem é doente por Literatura Inglesa como eu deve ter percebido que o único erro fatal de The New World, do brilhante Terrence Malick, foi o amor entre Pocahontas (Q'orianka Kilcher) e John Smith (Colin Farrell). Quem leu a obra sabe do que estou falando.

O filme é voltado todo para a personagem de Kilcher e isso está certo. Ele é feito de vários cortes, porém sempre respeitando uma linha cronológica, por mais que flashbacks apareçam de vez em quando. Quem gosta de movimento vai odiar o filme: ele segue um ritmo lento até mesmo nas batalhas. Mas em relação à fidelidade da obra, ele é muito bom com a exceção acima. A história a partir de John Rolfe (Christian Bale) começa a ser bem fiel já que o personagem de Farrell é deixado de lado por causa de uma suposta morte. Mas isso só acontece com mais da metade do filme.

Na obra, John Smith já tinha sua idade avançada, não era tão mais novo quanto o Smith de Farrell. Pocahontas era uma criança na época que as caravelas inglesas chegaram na América. E quando eu digo criança não significa que ela era velha o suficiente para ser uma adolescente e ter um amorzinho com o velho Smith. Eles se tornaram amigos e ela ajudou muito os homens de Smith, inclusive quando a guerra entre os ameríndios e os ingleses explodiu, tentando trazer a paz entre ambos os povos. Ela ficou tão famosa entre os brancos que decide ir à Inglaterra onde conheceu seu futuro marido, John Rolfe. Eles tiveram um filho, ela morreu muito nova e esse filho deles decidiu voltar à terra da mãe para ter uma vida lá em homenagem à ela. Basicamente, essa é a história do livro.

O filme, porém, aborda mais uma vez o amor inexistente entre John Smith e Pocahontas; um erro fatal que estraga o filme quase todo para os mais críticos como eu. Pocahontas conhece o prisioneiro John Smith por quem se apaixona e passa uma boa parte junto. Depois a guerra entre seu povo e o de Smith começa e eles são obrigados a se separarem. Ela sabe, então, que Smith morreu e fica triste por muito tempo até a chegada de John Rolfe no novo mundo. Rolfe se apaixona perdidamente por ela, ensina a moça a ler e a escrever, planta e colhe junto com ela, até que finalmente ele tem coragem de pedi-la em casamento. E aí que eu fico com raiva, porque ela aceita mas pensando no John Smith. Ahhhhhhhhhhhhhhhh! TÁ ERRADO! Eu sou fã do Rolfe desde pequena quando eu assisti ao segundo filme da Pocahontas da Disney, hahaha! Enfim, voltando ao filme, eles se casam, tem um filho e ficam muito felizes. Até aí tudo de acordo com o livro, mas o John Smith inventa de reaparecer para estragar mais uma vez. O pobre do Rolfe fica sem esperanças, porque sabe que a Pocahontas gosta do Smith e não dele. E eu estava quase arrancando os cabelos até que ela nega Smith e decide ficar com o Rolfe. AMÉM! Eu juro que gritei isso quando a cena passou. Depois dessa, o filme volta a ser fiel ao livro com a morte prematura de Pocahontas, chamada Rebecca depois de batizada, e a viagem do pequeno filho dela com Rolfe de volta às terras da América.


O que eu quero dizer com esse post todo é que basta apenas uma mudança na história para ela não ficar boa. Há pessoas que adoraram o jeito que o filme ficou, mais por causa que a história da Pocahontas da Disney ficou na nossa cabeça. No meu caso, sou daquelas que gostam quando a história chega perto da obra. Não que eu não tenha gostado do filme, mas se seguisse mais o livro, ficaria a melhor adaptação da obra de Pocahontas no cinema.

Nota Final: 7

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Bob Dylan resumido em Seis Alter Egos

O diretor Todd Haynes de Velvet Goldmine (1998) e Longe do Paraíso (2002) decidiu mais uma vez usar a música como tema para seu filme, Não Estou Lá (2007). Dessa vez, a vida do cantor e compositor Bob Dylan é descrita como filme e documentário. Só que o documentário é feito com atores. O interessante do filme é que Haynes divide as fases e características da vida de Dylan em seis personagens distintos: Jack Rollins/Pastor John (Christian Bale), Jude (Cate Blanchett), Arthur (Ben Whishaw), Robbie Clark (Heath Ledger), Billy (Richard Gere) e Woody (Marcus Carl Franklin). Palmas para Blanchett que interpretou muito bem um papel masculino, para Bale que soube muito bem interpretar o sotaque e o jeito de Dylan, para Ledger que interpretou de um jeito fantástico a fase sentimental de Dylan, para Franklin que além da atuação, cantou e tocou bastante bem, para Gere que mostrou sua maturidade diante da atuação e para Whishaw que soube passar o jeito mais poético de Dylan. Vou querer falar de cada personagem e quais fases da vida de Dylan eles representam. Para quem não é fã de Bob Dylan, o filme parece ser meio sem sentido, por isso eu aconselho que você leia uma biografia básica antes de vê-lo.

Woody Guthrie: Um garoto prodígio na música. A história começa com ele pegando um trem levando seu violão com ele. Woody, interpretado por Marcus Carl Franklin, representa a fase inicial da carreira de Dylan em relação à música. Para os fãs dele, devem já ter sacado o sobrenome do garoto: é tirado de Guthrie de quem Dylan era devoto. Dylan conhece Guthrie já doente e em um hospital. Repare que é com esse personagem que ele é socorrido e levado para o hospital. O trem que ele pega no começo representa sua ida ao rumo da música. É também nessa fase que o cantor muda seu nome várias vezes até chegar em Bob Dylan.

Jack Rollins: Então, é introduzido ao espectador uma nova fase da carreira de Dylan: Jack Rollins, interpretado por Christian Bale, representa a fase que Dylan se tornou um defensor dos direitos humanos e compositor de várias músicas que criticavam a sociedade na época. É nesse período que ele conheceu a cantora Joan Boez (Julianne Moore) e fez vários shows com ela. Jack foi responsável pela fase mais clássica da carreira de Dylan em relação ao Folk. Milhões de pessoas o adoravam e ele era a inspiração para várias bandas e cantores folk na época. Porém, Jack sentiu que a mídia estava se utilizando de sua fama e, em um discurso, falou das comparações entre ele e o assassino de John Kennedy, Lee Harvey Oswald, de uma maneira que atingiu a mídia. Depois dessa, Jack Rollins sumiu. Ele voltou a aparecer no final do filme com o nome de Pastor John, que representa a fase que Dylan se converteu ao Catolicismo e que chegou a lançar dois álbuns gospel.

Robbie Clark: Interpretado por Heath Ledger, ele representa a vida amorosa do cantor e seu interesse pela indústria cinematográfica. Repare que Robbie atua como Jack Rollins em um filme; isso quer dizer que o próprio Dylan interpretou ele mesmo e sua vida complicada. Robbie, entretanto, é um fracasso. Isso mostra que Dylan não teve sucesso com o cinema. É nessa fase também que mostra o quanto Dylan queria ter uma família, seu lado caseiro e mulherengo.


Jude Quinn: Essa é a fase mais interessante da carreira de Dylan, interpretada por Cate Blanchett. É com esse personagem que a fase Folk-Rock surgiu nas músicas dele e como seus fãs o odiaram por isso, chegando a chamá-lo de Judas. Jude também representa o conflito de Dylan com a imprensa, principalmente com o personagem Keenan Jones que volta a aparecer para outro alter ego de Dylan, Billy, como Pat Garrett. Jude é a fase que Dylan se encontra com os Beatles e com o poeta Allen Ginsberg. Blanchett dá um show de atuação e para muitos fãs do cantor, ela foi quem mais bem representou o ícone do folk. O humor negro e a rixa entre Dylan e a mídia deixa o filme mais interessante para que não é fã do cantor. Depois da confusão, Jude morre representando a passagem para a próxima fase do cantor.

Billy Parker: Um fazendeiro que fora cantor um dia e esteve longe dos palcos. Interpretado por Richard Gere, ele representa a fase que Dylan parou com a música por um tempo, indo viver no campo para ter um pouco de paz. Ele é pego pensando em seu início de carreira quando se encontra de relance com Woody. Depois de um bom tempo, Billy decide pegar o trem para fugir da prisão, que representa a vida sem a música, para recomeçar sua vida musical.


Arthur: Esse personagem, interpretado por Ben Whishaw, não é fixo como os outros, mas parece estar conectado a todos, aparecendo sempre durante o filme. Ele representa a parte poética do cantor que sempre o acompanhou por toda a vida. Ele é os pensamentos de Dylan.



Há várias pistas no filme que mostram que os seis personagens são a mesma pessoa como na parte em que Jones procura saber mais sobre Jude Quinn e acha um livro sobre ele. Na foto, não é Blanchett mas sim Christian Bale, representando a era Jack Rollins. Na cena que Billy se encontra com Woody é como se ele estivesse se lembrando do passado e sentindo falta. E dentre outras.

Enfim, o filme é genial. Acho interessante como Dylan é retratado brilhantemente sob a forma de seis personagens com histórias diferentes. Para quem é fã de Bob Dylan, esse filme é obrigatório. E para quem gosta de estudar biografias de artistas, ele é, sem sombra de dúvidas, o melhor filme sobre a vida desse cantor.

Nota Final: 8,5

Morre Tony Scott aos 68 anos

O diretor e produtor inglês Tony Scott, irmão de Ridley Scott, morreu hoje por um suposto suicídio. Ele era conhecido em ter dirigido filmes como Top Gun - Asas Indomáveis, Chamas da Vingança e, meu preferido, Inimigo do Estado. Descanse em paz. Mais uma mente brilhante do cinema se foi.

domingo, 19 de agosto de 2012

OH FUCK!

Nós ficaríamos mais fudidos se fossem o John Ryder e o Patrick Bateman. Ned e Bruce são herois, minha gente! HAHAHA!

Quem já viu A Morte Pede Carona (2007)? Um psycho como o Ryder a gente não encontra por aí, so be careful!

E já apresentei o Mr. Patrick Bateman de Psicopata Americano (2000) aqui. E já sabem que ele também não é para se brincar.

Então se o Ned e o Bruce estivessem nos perseguindo, não seria problema (a não ser que você seja um vilão). Agora se cuide de correr feito um condenado quando ver Ryder e Bateman na frente! LOL Bom, no caso da foto, Preston e Partrigde!

Sessão Rivalidades Idiotas: Batman x Iron Man

Uma coisa é você brincar de quem é melhor que quem. Outra coisa é você levar essa rivalidade à sério. Agora eu pergunto a você: por que diabos o pessoal compara o Batman com o Iron Man? Vamos na raiz para entender um pouco mais dessa rixa idiota.

Para começo de conversa, um é da DC Comics e o outro, da Marvel. Desde da criação de ambas, a rivalidade dos herois viraram rotina na vida dos nerds viciados em comics. São os que defendem a DC (Superman, Mulher Maravilha, Batman etc) e os que defendem a Marvel (Capitão America, Homem Aranha, Iron Man). Isso só ajudou mais ainda a briga sem nexo entre o Cavaleiro das Trevas e o Sr. Stark.


Antes do filme do Iron Man chegar no Brasil, poucas pessoas conheciam a existência desse heroi. Verdade ou mentira??? Verdade, óbvio, porque a maioria dos brasileiros só vão pela modinha, não procuram saber mais sobre outras coisas. Até então eu ouvia comentários como este: O Batman é o único super-heroi que não precisa de poderes para ser foda. Enfim, o Iron Man chegou aqui em filme e o pessoal começou a fazer comparações justamente por causa de uma característica que eles tem em comum: o dinheiro. Nenhum tinha super poderes, mas eram cheios da grana. Eram super herois pelo fato de serem riquíssimos. A rivalidade só piorou com a chegada do filme Os Vingadores e The Dark Knight Rises nesse ano. Centenas de desenhos, HQs e textos foram feitos fazendo comparações estúpidas entre ambos os herois, criando assim uma briga séria entre fãs de Wayne e de Stark. E tudo por causa da porra do dinheiro!!!

Será que vocês, homens e mulheres das cavernas, poderiam parar de gastar o valioso tempo de vocês brigando por causa de personagens??? Ambos os herois tem bastante importância não só nas HQs, mas na história das artes também! Nenhum é melhor que o outro, fim! Cada um tem sua história, suas características e suas cenas fodásticas e de fraquezas. Se quer brincar, tudo bem, mas chegar ao ponto de brigar por causa disso é uma BABAQUICE! E para você que concorda comigo, não ligue muito se você gostar do Tony e alguém te marcar em uma foto do Facebook falando que o Bruce é melhor e vice-versa. O que vale é a sua opinião, então não se irrite com isso e leve na esportiva. É você quem escolhe seu heroi preferido, independente se é o Batman ou o Iron Man. Para você, o Batman não vai ser melhor não só que o Iron Man ou vice-versa: vai ser melhor que TODOS os herois existentes. Fim.

sábado, 18 de agosto de 2012

Qu4tro Coisas - Batman

Eu concordo com a maior parte das coisas que Pablo Peixoto (criador dos quatro episódios da série Dunga em Um Dia de Fúria) fala sobre o Homem Morcego nesse vídeo. Principalmente sobre Batman & Robin e as Mulheres Gato. Assistam, vale a pena. Aproveitem para assistir aos outros vídeos dele, porque são brilhantes.


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Batman e seus Filmes

De cima para baixo, da esquerda para a direita: Batman (Tim Burton), Batman Eternamente, Batman & Robin e Batman (Christopher Nolan)
Oba oba! Depois de quase 14 horas de filmes sobre o Homem Morcego, finalmente vou poder falar de cada um. Batman: meu heroi preferido desde a infância! Vou levar em consideração alguns fatores para dar meu veredito em cada um dos filmes: fidelidade aos quadrinhos, originalidade, desenvolvimento dos personagens, roteiro e figurino (conta os meios de transporte do Batman e os acessórios). Esse post vai ser gigantesco, então prepare-se! Ah, obviamente contém spoilers, né? Só peço desculpas por não incluir o filme mais antigo do Homem Morcego. Não tive tempo de assistir.

Os filmes da franquia Batman são divididos entre diretores: Tim Burton, responsável pelos dois primeiros Batman (Batman e Batman Returns), Joel Schumacher (Batman Forever e Batman & Robin) e Christopher Nolan (Batman Begins, The Dark Knight e The Dark Knight Rises). Cada um, com exceção do Batman de 1989, possui dois vilões principais. Os diretores tiveram sua maneira única de filmarem, tanto que cada um tem suas próprias características a começar pelo próprio Batman/Bruce Wayne. Os atores também ajudaram muito nisso. Agora vamos partir para os filmes por ordem cronológica.

BATMAN (1989): Nasci nesse ano, ha! Enfim, voltando para o que interessa, dirigido por Tim Burton (Edward Mãos de Tesoura, Alice no País das Maravilhas), o filme tem como estrelas principais Michael Keaton como Batman/Bruce Wayne e Jack Nicholson como Coringa/Jack Napier. Para muitos, este filme é o melhor da franquia. Bem fiel aos quadrinhos, inclusive no figurino, Batman nos apresenta Jack Napier, um bandidão nada sorridente que diante de um roubo fracassado graças ao Homem Morcego, ele acaba caindo em um tanque de líquido verde que o faz ficar branco, com o cabelo verde e com a boca risonha. Sim, parece meio sem lógica, mas quando eu assisti a esse filme quando pequena, eu amava. E amei quando revi um dia desses. E lá vamos nós analisar cada personagem e outras coisas.

Bruce Wayne: Pelo o que eu percebi nesse filme, ele não é muito desenvolvido, porém Michael Keaton nos anima com sua atuação. Ele se faz de desentendido, mas não de babaca. Um dos filmes que mostram o jeito "playboyzinho" dele, o quão ele gosta de mostrar o que tem para os outros como na cena das armaduras. Ele não chega a contar para "sua" garota que é o Batman, mas ela acaba descobrindo como na maioria dos filmes. Ele é esperto, astuto e sabe como agir nas horas mais apertadas. Um Bruce de vergonha! Ah sim, ele dorme com a sua garota nesse filme. Vai que é sua, Bruce! Haha!

Batman: Tão bom quanto o seu Bruce. Forte, rápido e não deixa nenhum bandido derrotá-lo. Seu uniforme é um dos mais fodas (piiii, desculpa o xingamento!), sem enfeites. O pessoal Nolan-Age reclama que esse Batman não vira o pescoço, mas sim, ele vira! O material é uma borracha, um erro fatal mas que não tem muita importância nesse filme. Afinal de contas, esse Homem Morcego não perdeu sequer uma vez. E é esse justamente seu maior defeito: de todos os Batmen, o de 1989 não se mostra humano. Ele só é ferido na cena final do filme. Enfim, isso não o faz ruim. Ele é ótimo!

Alfred Pennyworth: O ator Michael Gough (in memoriam) atua como Alfred nos quatro primeiros filmes, ficando de fora da trilogia do Nolan (onde outro Michael, o Caine, atua em seu lugar). O Alfred nesse filme não tem muita participação, mas percebemos que ele ajuda muito seu mestre apesar disso.

Coringa/Jack Napier: Sem sombra de dúvidas é o vilão da franquia que mais chegou perto dos quadrinhos. O filme dá mais foco nele, tanto que o nome de Nicholson aparece na frente do de Keaton nos créditos. O diretor se preocupa em mostrar como Jack era antes do Coringa: um cara sério, frio e calculista. Depois, ele passa a ser sádico, risonho e com um bom senso de humor. Nicholson consegue passar muito bem essas duas fases de Napier muito bem. Uma boa observação nesse vilão é que foi ele quem assassinou os pais do pequeno Bruce (nos outros filmes são diferentes assassinos). Enfim, tudo está conectado com ele nesse filme, o que eu acho bem interessante. Napier acaba morrendo no final, mas de um jeito que não o fez perder a graça.

Vicki Vale: A garota do Batman nesse filme. Uma jornalista curiosa, gosta de meter o nariz onde não é chamada. Ela não é a minha preferida das garotas do Homem Morcego, mas chega ser bem melhor que a maioria. Ela é histérica demais, chegava a me dar nos nervos na hora. Queria saber como ela fazia a escovinha tão rapidamente de uma cena para a outra. Hahaha! Mas tenho que admitir que ela tem uma baita coragem. E não, ela não é lá bonita (será que é por que eu quero o Keaton para mim? Haha!).
Harvey Dent: Harvey quer ser o promotor de Gotham City, novidade nenhuma até agora: ele não chega a aparecer como Duas-Caras. E ele chega ser bem mais parecido com o Dent do desenho animado.


Acessórios e Meios de Transporte: Começando pelo Batmobile, é o melhor de todos os filmes. Ele baseou o design do Batmobile do desenho de 1992 e é cheio de truques. Apesar de não parecer, ele é bem forte (mas sua força só é demonstrada no segundo filme do Burton). É o menos extravagante também e sim, isso conta na minha avaliação, até porque o Batman é para ser discreto e não chamativo. Obviamente, ele vai chamar atenção, mas esse modelo é perfeito. Ele também possui um escudo protetor para evitar invasões ou armas muito poderosas de destruí-lo. E ele ainda é à prova de balas. Ufa! Hahaha. Agora os acessórios do Batman nesse filme são os mais simples, porém os que chegam mais perto dos comics. E sem serem "purpurinados", como costumo dizer com coisas coloridas demais. Por fim, o avião do Batman com formato de morcego. MUITO SHOW! Sério, adorei. Mas ele foi destruido muito rápido, mimimi.

Roteiro: Não é dos originais, chega a ser meio sem lógica como a história do Napier cair em um tanque cheio de líquido verde e virar o Coringa, do Bruce arranjar aqueles acessórios e meios de transporte sem chamar atenção do fornecedor e dele se apaixonar muito rápido pela Vicki a ponto de quase dizer para ela sobre seu maior segredo. Enfim, isso pode deixar o filme meio estranho, mas não ruim. Recomendo.

Trilha Sonora: A melhor que tem. Sem sombra de dúvidas. Só não bate as músicas do segundo filme do Burton. Clássicos!

Nota Final: 7,3

BATMAN, O RETORNO (1992): Um dos melhores filmes do Homem Morcego, o melhor da década de 90 na minha opinião. Dirigido ainda pelo Tim Burton, todos os atores dão um show nesse filme e o roteiro melhorou e muito desde o Batman de 1989. Keaton reprisa seu papel como Batman/Bruce Wayne, e temos Danny DeVito como Pinguim e Michelle Pfeiffer como Selina Kyle/Mulher Gato. De novo, o filme se mostra muito fiel aos quadrinhos, muito bom na hora de desenvolver os personagens. Obviamente, tem umas coisas sem lógicas também como o nascimento do Pinguim e o abandono dele pelos pais. Enfim, vamos à análise de cada coisa.

Bruce Wayne: Tem mais espaço nesse filme, mas ainda não é bem desenvolvido. Dessa vez não banca de arrogante e playboy. Também quase chega a contar para sua garota que é o Batman, mas o momento não deixou. Aliás, esse é um dos dois filmes que Bruce não tem sua identidade revelada para a mulher amada, no caso aqui de Selina Kyle. Como todo bom filme do Homem Morcego, ele acaba sozinho. Neste filme ele continua esperto e astuto. A atuação de Keaton é brilhante.

Batman: Se torna um pouco mais humano aqui, sendo às vezes controlado pelos dois vilões do filme. Isso é um ponto positivo para mim, porque nem sempre herois conseguem vencer. Apesar disso, Batman consegue derrotar o Pinguim, mas a Mulher Gato escapa, porém deixa seu gato como símbolo para o alter ego do Homem Morcego, Bruce. Ele continua com o bom gosto no vestuário e acessórios.

Alfred Pennyworth: Melhora muito sua importância nesse filme. É ele quem coloca a voz intrusa do Pinguim falando que vai acabar com Gotham na prefeitura em pleno discurso. Ele aparece mais presente na vida de seu mestre, cuidando não só da mansão quanto na Batcaverna também.

Selina Kyle/Mulher Gato: Sem sombra de dúvidas, a melhor vilã (sexo feminino apenas) da franquia. Essa Mulher Gato é bem original e a sua história bate muito bem com o decorrer do filme. Selina era apenas uma secretária de Max Shreck (Christopher Walker), porém tentou achar algumas informações valiosas dele e acabou sendo derrubada do prédio pelo próprio patrão, que concluiu que ela estava morta. Achei meio sem sentido isso, porque a primeira coisa que vem na cabeça de alguém quando comete homicídio é esconder o corpo, e ele não faz isso. Enfim, ela volta para casa meio doida e cria uma fantasia, uma espécie de couro remendado e nas pontas dos dedos, agulhas bem afiadas. Eis que surge a Mulher Gato. Selina também é a garota de Bruce nesse filme e eles chegam a ter algo bem romântico mesmo, mas no final ela acaba por não ficar com ele. Entretanto, ela não descobre sua identidade. Michelle Pfeiffer está muito sexy nesse papel, e o interpreta muito bem. E como todo mundo faz comparações, essa Mulher Gato é bem melhor que a outra de 20 anos depois interpretada por Anne Hathaway no último filme da trilogia de Nolan.

Pinguim/Oswald Cobblepot: A história dele é meio sem nexo: nasceu como uma aberração e os pais não aguentavam mais aquilo. Decidiram abandoná-lo no rio a lá Moises, e no esgoto ele é achado por vários pinguins que o criaram. Se o filme só tivesse o Pinguim de vilão, ele cairia muito já que ele não é tão carismático quanto a Mulher Gato e o vilão do filme passado, Coringa. Entretanto, a atuação de DeVito é excelente. Agora ele quer ser prefeito depois de descobrir quem eram os pais e os perdoar. Não dando certo graças ao Alfred (sim, ele quem desmascarou o Pinguim, sorry Bruce), ele volta para os esgotos e planeja algo para destruir Gotham. Depois de tentar, ele é impedido pelo Homem Morcego e acaba morrendo. História nada original para ele, infelizmente.

Acessórios e Meios de Transporte: O Batmobile continua sendo o mesmo, tendo a pequena diferença que ele é sabotado pelos homens do Pinguim e ele acaba virando um carro estreito para fugir da polícia em ambientes com pouco espaço. Depois dessa, ele não é mais visto no filme. Outro tipo de meio de transporte que o Batman usa nesse filme é o seu jet ski que ele usa para chegar no local onde o Pinguim está. É original, tem as típicas asinhas de morcego nele. *-* E os acessórios continuam os mesmo, sem exageros.

Roteiro: Coisas sem sentido continuam sendo o erro dos enredos da franquia. Como citei acima, a história do Pinguim é estranha, o fato de Max não ter procurado saber do suposto corpo de Selina depois de ter derrubado a moça andares abaixo, o mesmo erro do fornecedor (ninguém desconfia de onde o Bruce arranja os acessórios e os meios de transporte do Batman... ele mesmo é quem não faz ou o Alfred, né?), dentre outros. Mas apesar de serem erros grotescos, o filme é muito bom!

Trilha Sonora: A MELHOR. Sem mais.

Nota Final: 7,7

BATMAN ETERNAMENTE (1995): O diretor muda, mas Tim Burton continua trabalhando nesse filme. Joel Schumacher, roterista de Um Dia de Fúria, foi escalado para dirigir Batman a partir do terceiro filme. Quando eu era pequena, eu me lembro que adorava esse filme. Enfim, depois de velha eu parei para rever e definitivamente não achei lá essas coisas. É nesse filme que Robin (Chris O'Donnell) tem sua primeira aparição. Harvey Dent reaparece como Duas-Caras, interpretado por Tommy Lee Jones, Val Kilmer toma o posto de Keaton como Bruce Wayne/Batman, e temos Jim Carrey como Edward Nygma/Charada e Nicole Kidman como a garota (tarada) do Batman, Dr. Chase Meridian. Esse filme é muito superficial, não se aprofunda na característica dos personangens; nem mesmo no personagem do Dick, que tinha tudo para ser desenvolvido, eles não aproveitaram. Vamos ao que interessa.

Bruce Wayne: Ficou sem expressão, sem personalidade, sem nada. Para mim, nesse filme, ele é só um bilionário com uma carinha bonita, nada mais. Nem mesmo o jeito playboyzinho ele tem nesse filme. Ele é muito vazio, não se lembrava direito da morte dos pais e até mesmo o jeito que ele se apaixona pela Chase é muito sem sal. Esse aqui não chega a falar que é o Batman, mas beijando a garota, ela acaba por descobrir. Ele é tão sem personalidade que ele precisa aparecer como Batman para chamar a atenção da tarada de plantão. Sendo Bruce Wayne, ele quase não consegue conquistá-la. Bah.

Batman: É nesse filme que as roupas dele começam a ficar "purpurinizadas", graças ao diretor que é gay (nada contra, mas isso influenciou bastante nesse filme e no seguinte). Ele tem dois "uniformes": um mais discreto e um meio prateado que ele usa no final. Esse Batman é o mais fraco que tem, até deixa escapar que é o Batman para os vilões do filme. Enfim, quase todo mundo sabe que ele é o Batman (sem exageros, Jessica haha). E já falei que ele perde quase a maior parte das vezes? Tsc tsc, esse Homem Morcego só não perde mais para o próximo.

Alfred Pennyworth: Continua ajudando o Batman, mas ele quem dá a autorização para o Dick ser o Robin. What? Enfim...

Harvey Dent/Duas-Caras: UM PATETA. É incrível como o diretor desse filme conseguiu transformar um dos vilões mais "cabeça" da franquia em um demente mental que só pensa em roubar e destruir o Batman. Para ele é só isso. A moeda de estimação dele parece não ter utilidade porque na hora que cai em um lado que ele não quer, ele joga de novo e de novo e de novo até conseguir o lado que ele quer. WHAT THE FUCK? E sem contar nesse figurino muito brega, todo colorido. Parece mesmo um palhaço. À propósito, nesse filme foi ele quem matou os pais do Bruce e a família do Dick. E aqui temos mais um exemplo de vilão que vira vilão por causa de um acidente. Em plena corte, jogaram ácido em uma metade dele. Agora me expliquem a lógica que tem nisso?


Edward Nygma/Charada: Se o Duas-Caras desse filme é um pateta, esse é o rei dos patetas. O CHARADA É PARA SER INTELIGENTE E NÃO UM BABACA! *CAPS LOCK off* Tudo que ele pensa é em ser igual ao Bruce Wayne. A vida dele é o Bruce Wayne. Já cheguei até contestar se ele era apaixonado pelo bilionário, haha. O filme não mostra NADA a genialidade deste personagem, e as charadas, que fazem o nome do vilão, são escassas no filme. O cara só é identificado como gênio pela invenção de controlar ondas cerebrais com aquele troço lá que parece um liquidificador. E nem falei da roupa ridícula dele. Por que não seguiram o estilo do Charada do desenho? Seria bem melhor. O que o diretor nesse filme fez foi transformar mais um vilão brilhante em palhaço. E a atuação do Jim só piora as coisas.


Dick Grayson/Robin: Paga de rebelde. Pelo menos tem mais personalidade que o próprio Batman/Bruce. Viu a família sendo morta pelo Duas-Caras no meio de uma apresentação do circo e jurou vingança. É baita curioso e por causa disso, descobriu a Batcaverna. Ficou ansioso para ajudar o Homem Morcego, mas não conseguiu sua confiança de primeira. Apenas no final do filme que ele aparece para ajudar o Batman, mas para mim, ele só fez atrapalhar mais a vida dele. O uniforme dele no começo era o tradicional da década de 60, mas muda para um purpurinizado depois. De todos os personagens desse filme, ele é o melhorzinho.

Dr. Chase Meridian: Sem sombra de duvidas, de todas as garotas do Batman, essa é a mais sem sal e sem criatividade dos filmes da franquia. Hiper mega super apaixonada pelo Homem Morcego, é fascinada por ele, chegando até fazer o Bruce ficar com ciúme. Ela é tão sem noção que liga o Batsinal para chamar o amado da vida dela para eles passarem uma noite juntos! "O Batsinal não é brinquedo." Faço das palavras do Batman as minhas. Ela aparece treinando boxe uma vez, mas ainda sim se deixa ser raptada pelos dois vilões babacas do filme. Enfim, ela está no filme só para encher linguiça.


Acessórios e Meios de Transporte: O Batmobile virou um carro de carnaval cheio de detalhes brilhantes e coisas muito chamativas. Esse modelo seria reutilizado pelo diretor no próximo filme para piorar mais a situação. O Batman é para ser o Cavaleiro das Trevas, não um condutor de Carnaval! E os acessórios também são bastante chamativos, sendo prateados ou com uma luzinha azul bem inútil, por sinal. Além do Batmobile, temos o avião e a lancha que são utilizados no final do filme. São destruidos facilmente, assim como o carro.

Roteiro: Se eu já reclamava de coisas sem nexo nos filmes passados, imagine nesse. O filme inteiro é uma comédia, a começar pelo jeito que os vilões se comportam desde o figurino até a atitude deles. O Batman não tem personalidade, o Robin só atrapalha, a garota é tarada e está lá só para encher linguiça. O Comissário Gordon e a polícia são uns inúteis. E que diabos de sentimentalismo é esse que o cara vê a família espatifada no chão e não chora? Só promete vingança? Não é o suficiente para mim. Ah, e continuam com o erro do fornecedor. Afinal de contas, QUEM É QUE FORNECE O MATERIAL PARA O BATMAN SEM PERGUNTAR NADA? Fica aí a pergunta para vocês.

Trilha Sonora: Nada mal. Se duvidar, é a melhor coisa que tem no filme.

Nota Final: 4

BATMAN & ROBIN (1997): Último filme da franquia para Joel Schumacher e também responsável pelo hiatus enorme de 8 anos para a franquia continuar a fazer filmes. Sem Val Kilmer, Joel escalou George Clooney para atuar como Batman/Bruce Wayne. Chris O'Donnell continua como Robin, e Michael Gough como Alfred. Os vilões são Mr. Freeze (Arnold Schwarznegger) e Hera Venenosa (Uma Thurman) com seu capacho Bane. É nesse filme que a Batgirl tem sua primeira e única aparição nos filmes. Alfred também tem mais importância nesse filme, apesar de não ser tão grande assim. E por fim, o filme é muito colorido. Sim, para um filme sobre o Cavaleiro das Trevas, esse saiu mais de um desfile de carnaval. Se o passado era artificial, esse é o pior filme da franquia. Não estou brincando, esse é mesmo o pior filme do Batman que já vi na minha vida. O roteiro não tem nem pé e nem cabeça!

Bruce Wayne: Em uma entrevista, Clooney disse que fez o Batman/Bruce dele ser gay. E realmente... se você parar para prestar atenção nas atitudes dele, você nota que ele tem um pouco de homossexualismo. Ele não cai nas armadilhas de "amor" da Hera Venenosa, a garota que ele tem (que por sinal nem importância no filme tem) chega ao ponto de querer abandoná-lo, e por aí vai. Ele sempre está com aquela carinha de riso por mais que o clima seja bastante sério. E isso é um erro fatal da atuação do Clooney. Ele não chega a ser tão sem sal quanto o Bruce do Kilmer, mas consegue ser pior.
Batman: Fraco, perde quase todas as vezes. Seu uniforme não ajuda com aquelas coisas prateadas, principalmente no final. Bom, nem sei o que falar mais dele de tão ruim que ele é. Só fiquem com algo na mente em relação a esse Batman: FRACO.

Alfred Pennyworth: Eu jurava que o coitado, meu personagem preferido desse filme, iria morrer no final. Alfred passa o filme quase todo adoentado e sem poder ajudar seu mestre Bruce na Batcaverna e na mansão. No final, ele é curado (milagre mesmo, porque sinceramente...) e volta a administrar as saídas do trio (Batman, Robin e Batgirl). É o melhor personagem do filme na minha opinião.

Dr. Victor Fries/Mr. Freeze: Babacão, mas não tanto quanto os vilões passados. Apaixonado perdidamente pela mulher que está quase morrendo, a vida dele era procurar uma cura para a doença dela, mas ele acaba caindo em nitrogênio líquido. Até aí tudo bem, mas o cara sobrevive e vira o Mr. Freeze. E mais um vilão que vira vilão por causa de acidentes, tsc. Enfim, algo sem sentido. E o mais gozado é que ele tem que usar diamantes para a armadura dele gelar e ele não morrer. Agora me digam qual é a droga da relação entre um diamante e frio???? É pretesto para o cara roubar e ser vilão, é isso? Só pode.

Dr. Pamela Isley/Hera Venenosa: Outra vilã que se torna vilã por causa de um acidente. Ou, pelo menos quando o assistente dela quis matá-la empurrando nela várias toxinas de plantas. Ela, milagrosamente, acorda como planta (what?) e mata o cara com um beijo envenenado. Depois quer dominar Gotham para salvar o planeta, super clichê esse plano, né?
Bane: Joel transformou outro vilão genial é um completo idiota nos filmes dele. Bane fala como se fosse um homem das cavernas e possui aquela força toda por causa de um veneno injetado na cabeça. Enfim, sem mais comentários.
Dick Grayson/Robin: Virou duas vezes mais rebelde que no filme passado. Se tornou um pé no saco, uma pedra no sapato do Batman. Atrapalha mais do que ajuda. Se apaixona pela Hera Venenosa devido ao gás do amor dela, diz que o Batman a quer e que por isso que ele não quer ajuda. A única vez que ele é útil é quando nem com o Batman está: ele vai atrás da Barbara e a salva de cair de um precipício.

Barbara Wilson/Batgirl: A personagem mais inútil de todos da franquia. Sua aparição foi muito sem noção. Barbara era para ser a filha do Comissário Gordon, mas a colocaram como sobrinha do Alfred para se tornar a Batgirl mais rápido. AHA! Hahaha! Ela quase não aparece no filme, e de repente, no final dele, ela consegue descobrir os segredos do Batman (já virou rotina isso) e o Alfred computadorizado consegue uma vestimenta para ela. Assim, tipo... DO NADA! E ela aparece para o Batman e o Robin sendo uma especialista em artes marciais (hã???) e uma expert em computadores capaz de alinhar satélites. Para alguém que estava apanhando para descobrir uma senhazinha nos arquivos do Alfred, alinhar satélites deve ser moleza. Aham, não.
Acessórios e Meios de Transporte: Volta o carro purpurinado do Batman do filme passado, mas dessa vez BEM MAIS carnavalesco e junta a moto "cheguei" do Robin cheia de luzes vermelhas + a moto que a Batgirl usa, ainda chamativa. Eles querem muito não chamar a atenção de ninguém, né? E os acessórios estão um horror. Prateados e com luzes fosforcentes. Aliás, tem uma cena do filme que é cheia de luzes fosforecentes... enfim.

Roteiro: O roteiro mais fraco de todos os filmes da franquia do Batman. Como vocês leram acima, o filme já tem defeitos demais nos personagens, imagine no roteiro. Colocaram a doença do Alfred para comover o público, mas não colou... pelo menos não comigo. Ok, colou quando eu tinha 8, mas hey! Eu era uma criança, né? A Hera Venenosa me deu enjôo principalmente aquela voz chata dela. E a pergunta que não quer calar: FORNECEDOR DO BATMAN, QUEM DIABOS É VOCÊ? O Gordon e a polícia novamente são uns inúteis. Aliás, a polícia virou enfeite em Gotham nesses filmes do Joel? E que diabos de filme colorido é esse??? Meus olhos sairam cheios de pontos coloridos depois que terminei de ver o filme, sem mentira nenhuma. Batman não era para ser discreto?

Trilha Sonora: A única coisa que presta no filme.

Nota Final: 2

BATMAN BEGINS (2005): Todos juravam que a franquia tinha acabado com o último filme de Joel em 1997, mas Christopher Nolan, diretor até então do famoso Amnésia, decidiu se arriscar com sua visão sobre o Homem Morcego. O resultado foi Batman Begins e por incrível que pareça, Nolan conseguiu tirar Batman da lama onde Joel o deixou. O filme tem como estrelas Christian Bale como Batman/Bruce Wayne, Michael Caine como Alfred, Liam Neeson como o vilão principal Ra's Al Ghul/Ducard, Gary Oldman como Jim Gordon, Cillian Murphy como Dr. Jonathan Crane/Espantalho, Morgan Freeman como Lucius Fox e Katie Holmes como Rachel Dawes, a garota do Batman nesse filme. Perceba que citei mais personagens, isso é porque Nolan trabalha muito bem cada um. O roteiro é sensacional e dá vontade de ser fã do Homem Morcego para sempre. Nolan disse que o tema principal desse filme que Bruce/Batman tem que superar é o Medo.


Bruce Wayne: Esqueça os filmes passados. Esse Bruce Wayne tem personalidade. E como tem. Sua história começa com um treinamento em um lugar distante de Gotham City onde ele tem que dar seu melhor para entrar na Liga das Sombras comandada por Ra's Al Ghul (Ken Watanabe). Durante seu treinamento, ele tem lembranças do que aconteceu com seus pais, como ele descobriu a caverna subterrânea, de como ele queria se vingar da morte dos pais, de como Rachel, sua amiga de infância, o ajudou para não transformá-lo em um covarde e de como ele foi parar lá na Liga das Sombras. Ele aprendeu tudo sobre artes marciais e também aprendeu a lidar com o medo. Porém, ele não quis cumprir o último desafio da Liga das Sombras que era matar alguém. Por mais que aquele homem fosse culpado, Bruce não quis completar a tarefa e acaba destruindo todo o local, mas salva Ducard, que era seu mestre. Depois desse incidente, ele volta para Gotham mudado e disposto a combater o crime começando com os responsáveis pela a morte de seus pais, o clã Falcone. Nesse filme, a personalidade playboy de Bruce reaparece, mas como um alter ego, pois sua face verdadeira é a do Batman como Rachel afirma no final do filme. Ele também parece ser mais bilionário e é bem mais inteligente que os outros Bruces. E arrogante também, haha! Bruce sempre foi apaixonado por Rachel, sua amiga de infância, e sempre deixou claro que queria algo com ela. Ele também é bem mais humano, mostrando mais seu lado frágil principalmente na cena que ele tenta matar o assassino de seus pais na corte. Christian Bale dá um show de atuação.

Batman: Esse tem uma inovação: ele muda a voz para que ninguém o reconheça. Por que será que ninguém nunca tinha tido essa ideia antes? Faz sentido o cara ser reconhecido pela voz, não? Outra, Nolan deixou a purpurina de Joel de lado e transformou o Batman em um verdadeiro Cavaleiro das Trevas. Rápido, mestre em desaparecimento e disfarce e super discreto. Bom, exceto quando ele é perseguido pela polícia, mas ele fez mais aquilo por causa da Rachel. Motivos, gente. Ele também mostra seu lado humano, sendo derrotado pelo Espantalho uma vez. Ele também recebe ferimentos como os roxos nos braços depois da primeira noite como Batman. Ninguém disse que ser o Batman seria fácil. O conflito dele como sua contraparte Wayne também é bem desenvolvida. Ele pensa rápido e revela à Rachel quem é com uma frase que ela mesma disse a Bruce: Não é o que eu pareço ser que diz quem eu sou, mas o que eu faço é que me define. Esse Batman surgiu devido à sede que Gotham precisava em relação à justiça, e não porque Bruce queria se vingar do assassino de seus pais.


Alfred Pennyworth: Na trilogia do Nolan, não só nesse filme, Alfred tem muita importância na vida do Bruce, tanto como um aconselhador quanto como ajudante. Nesse filme em particular, ele é apresentado cuidando do pequeno Bruce depois da morte dos patrões. Quando Batman é envenenado pelo Espantalho, ele contata imediatamente Alfred para ajudá-lo, uma das cenas que mais me comoveram no filme. "Alfred...! Alfred! H... help me!" Cheguei até a lacrimejar. Alfred também é quem leva Rachel depois de curada do veneno para casa enquanto Bruce se ajeitava em sua festa de aniversário. Alfred é um dos poucos que Bruce confia plenamente, os outros dois são Rachel e Lucius. Ah sim, a atuação de Caine é sensacional!

Ducard/Ra's Al Ghul: O mentor/mestre de Bruce na Liga das Sombras. Bruce só o conhecia como Ducard e acreditava que outro homem era o Ra's Al Ghul (Ken Watanabe). Ducard gostava muito de seu pupilo e na hora que Bruce não queria cumprir o desafio final da Liga das Sombras, ele implorou para que executasse o homem. Ele se decepcionou com a reação do seu aluno, mas foi salvo por ele depois da destruição do esconderijo da Liga. No final do filme ele reaparece dizendo sua identidade verdadeira para Bruce e queima a mansão do bilionário. Depois, ele vai cumprir seu papel de exterminador da humanidade corrompida e o alvo dessa vez era Gotham. Batman e Gordon o impedem e dessa vez, Batman não o salva e ele acaba morrendo. Ele é um gênio e perito em artes marciais.

Dr. Jonathan Crane/Espantalho: Ele é especialista em doenças psicológicas, trabalhando sempre no Asilo de Gotham, Arkham. Ele era o responsável por tirar os capangas do Clã Falcone da cadeia sempre dizendo que eles tinham problemas mentais e que queria cuidar deles em Arkham. Como Rachel estava sendo uma pedra em seu sapato, ele resolveu se livrar dela, mas Batman a salva. Depois é descoberto que ele estava trabalhando juntamente com Ra's Al Ghul para a destruição de Gotham. Ele é calmo, é o criador do gás que aterroriza as pessoas. Lutar não é sua especialidade, mas sua inteligência é importante para o vilão principal fazer seu plano funcionar. Nolan conseguiu juntar a história de dois vilões do Homem Morcego em perfeita sincronia.

Rachel Dawes: Amiga de infância de Bruce e também o grande amor da vida dele. Tem personalidade forte, não se intimida facilmente. É a primeira (e única até agora) das garotas do Homem Morcego que não fica com ele no final do filme não porque ela vai embora, mas porque ela diz que o homem que ela era apaixonada tinha sumido e que possivelmente ele reapareça depois que Gotham não precisasse mais do Batman. Isso quebrou um pouco o coração do Bruce, mas mesmo assim ele não deixou de amá-la. Rachel é advogada e muito justa. Foi ela quem ensinou ao Bruce a diferença entre justiça e vingança. De todas as garotas do Batman, essa é a melhor na minha opinião.

Lucius Fox: Se lembram que eu ficava apertando na tecla sobre o fornecedor do Batman? Nolan apareceu para tapar esse buraco horrível nos filmes da franquia com o personagem Lucius Fox. Fox trabalha na empresa Wayne desde quando os pais do Bruce eram vivos. Ele é responsável pela a parte de armas da empresa e é um gênio da engenharia, mecânica e química. A área das armas era restrita e era apenas Lucius quem tinha acesso depois da morte de Thomas Wayne. Assim que é descoberto pelo novo dono da empresa, Bruce, ele simpatiza logo com o jovem. Bruce, com interesse de pegar a família Falcone, pergunta a Fox se a empresa tinha uma área de armas e como ele era filho de seu melhor amigo, Thomas, Lucius resolve apresentá-lo a sala cheia de armamentos, armaduras e até mesmo veículos. No começo, Lucius não sabia o real motivo do porquê de Bruce pedir aquilo tudo, mas depois ele se torna uma das pessoas que Bruce mais confia. Ele é um dos poucos que sabem da identidade do Batman. Ele também é o responsável pela cura do gás tóxico do Crane.

Jim Gordon: Na época, ele não era comissário, mas fazia um excelente trabalho como policial. Aliás, nesse filme e nos outros do Nolan, o Gordon tem um papel crucial, deixando de ser mero coadjuvante para ajudar de verdade o Cavaleiro das Trevas. Na polícia, ele é o único que confia no Batman e por causa disso, o Homem Morcego deposita sua confiança na batalha final do filme pedindo para que ele dirigisse seu Batmobile até o prédio da companhia Wayne e destruisse os trilhos a fim de parar o trem onde Ra's Al Ghul estava. E assim fez Gordon, fazendo o Batman confiar mais ainda nele. Tirando o arco Alfred-Lucius-Rachel, Gordon é a primeira pessoa que o Batman procura. E foi ele quem ajudou Bruce quando menino ainda depois da morte dos pais.

Acessórios e Meios de Transporte: O Batmobile deixou de ser purpurinizado e passou a ser... um tanque. Ótimo para batalhas, esse carro possui várias manobras e cartas na manga. Ele é bastante resistente e quebra concreto em mil farelos. "It's a black... tank!" É o único veículo que o Batman usa nesse filme. E os acessórios estão bem mais cabeça também, com funções bem interessantes e que fazem sentido.

Roteiro: Da trilogia do Nolan, ele é o menos bom, mas se for comparar com o restante dos filmes, esse dá de mil a zero! Finalmente temos o fornecedor do Batman, o corpo do Bruce é bem mais desenvolvido para alguém que saiba lutar, é contado como ele consegue ser forte e como ele se torna o Batman, os vilões não tem histórias sem nexo... enfim, podem me chamar de baba-ovo do Nolan, mas esse filme é excelente. Nolan conseguiu unir as histórias de dois vilões em uma harmonia que dá até medo. E o desenvolvimento dos personagens é perfeito.

Trilha Sonora: Sensacional! Tinha que ser o Hans Zimmer!

Nota Final: 9

THE DARK KNIGHT (2008): Para muitos, o melhor filme da franquia inteira de Batman! Segundo filme da trilogia de Nolan, a maior parte dos atores de Batman Begins reprisam o papel como Christian Bale, Michael Caine, Gary Oldman, Morgan Freeman e até mesmo Cillian Murphy, com a exceção da personagem de Rachel Dawes. Desta vez é Maggie Gyllenhaal quem atua como o amor da vida de Bruce e também de Harvey Dent, interpretado por Aaron Eckhart. Mas o trunfo de Nolan nesse filme é, sem sombra de dúvidas, o vilão Coringa interpretado pelo já falecido Heath Ledger. O filme ganhou dois Oscars, um pela atuação brilhante de Ledger. Era a hora do grande Cavaleiro das Trevas brilhar nas telonas do cinema mais uma vez! Nolan disse que o tema principal desse filme que Batman/Bruce tem que superar é o Caos.


Bruce Wayne: Nolan não tirou a essência do personagem principal em nenhum momento do filme. Ele continua arrogante, playboyzinho e cheio da grana. Porém, sempre usando esse lado para esconder seu verdadeiro eu. Bruce continua apaixonado por Rachel, mas agora ele tem concorrência: o promotor de Gotham, Harvey Dent. Vendo Harvey, ele tinha a esperança de finalmente poder largar a vida como Batman para conseguir o amor de Rachel mais uma vez. "Gotham precisam de herois de verdade." Ele fez de tudo para proteger o Cavaleiro Branco de Gotham que acabou esquecendo um pouco a Rachel e foi seu erro fatal. Ela morre em uma armadilha do Coringa e o faz se culpar por pelo menos 8 anos até The Dark Knight Rises. De todos os filmes, esse Bruce é um dos mais humanos, mostrando seu lado depressivo e frágil com a morte de Rachel e seu lado de fúria quando interroga o sádico Coringa como Batman. Bale, como sempre, faz um excelente papel.

Batman: Um dos Batmen mais humanos da franquia. Ele continua com a sua caçada contra a máfia e o clã Falcone, chegando até buscar um dos mafiosos na China para ser interrogado em Gotham. Com medo do Homem Morcego, a mafia aciona o até então não conhecido Coringa que trava batalhas físicas e psicológicas com o Batman. Ele é tão humano que deixa seus pontos fracos serem vistos pelo sádico vilão que os usa para acabar com ele. No final, como um verdadeiro heroi, Batman sacrifica sua integridade para dar a Harvey que tinha sido corrompido pelo Coringa e ele passa a ser procurado pela polícia. Nesse filme, Batman tem dois uniformes não porque o Nolan queria colocar mais bagulho nelas, mas porque o ator não estava se sentindo confortável com a primeira.

Coringa: Ao contrário do Coringa de 1989, esse não tem identidade. E ao contrário daquele, este não caiu em nenhuma poça de líquido verde para se tornar vilão. Seu passado é uma incógnita, assim como sua verdadeira identidade. O melhor desse vilão é que ele não tem ponto fraco: nada o faz ficar com medo, ou hesitante e nada o compra. Para ele, o circo pegando fogo é a diversão dele. É uma inovação nos vilões de toda a franquia, já que todos tinham um motivo para serem maus. O Coringa do Nolan não tem motivos, ou pelo menos não é apresentado. Ele é considerado o melhor vilão dos filmes do Homem Morcego chegando até a fazer fãs que assinassem um baixo assinado para que nenhum outro ator pudesse interpretar o personagem novamente. No filme, ele começa como um doido que ninguém dava fé. Ele deu a ideia para a máfia de matar o Batman porque era ele quem estava atrapalhando o bom funcionamento dos planos. Ninguém acreditou nele e um deles chegou até pedir o corpo ou ele vivo em troca de muita grana. Porém, esse Coringa tem muita lábia e acabou fazendo uma emboscada para este. Depois que o Batman trouxe um dos mafiosos que estava na China, a máfia finalmente pediu a ajuda do sádico vilão que começou a pegar nos pontos principais para chamar a atenção do Cavaleiro das Trevas. Primeiro, ele matou a juiza de Gotham, o comissário Loeb e pretendia matar Harvey Dent, mas Batman chegou na hora de salvá-lo. Em seguida, com a sua lábia, o Coringa conseguiu achar dois ratos na equipe de Gordon e planejou matar o prefeito. Sem sucesso, ele, porém, conseguiu convencer Bruce que ele teria que se entregar, senão mais gente inocente seria morta. Na hora que Bruce iria se entregar na frente de todos, Harvey se intitulou o Batman e foi preso, mas o Coringa não estava convencido que aquele era o Batman. Levando Harvey para a prisão dentro de um carro à prova de balas, a polícia foi surpreendida mais uma vez pelo Coringa que tenta matar Harvey de tudo quanto é jeito até o verdadeiro Cavaleiro das Trevas aparecer e ajudar a polícia a prendê-lo. Depois dos planos bem arquitetados do Coringa derem certo com a morte de Rachel e a deformação de Harvey, ele agora planeja mostrar para o Batman que todos os humanos, com exclusividade de Gotham, eram ruins deixando sem energia dois navios, cada um com o detonador do outro. Esse plano do Coringa não funciona, porém ele consegue corromper Harvey com sua lábia. No final, ele é preso. O Coringa de Ledger é famoso pela frase "Why so serious?" e por contar sempre uma história diferente de como ele arranjou as cicatrazes de sua boca. Ele também queria saber quem era o Batman no começo, mas acabou concluindo que sem ele, a vida dele não teria graça. "You complete me!" A atuação de Ledger como Coringa deu ao filme o Oscar de melhor ator coadjuvante. Suas armas são diferentes das do Coringa tradicional. Ele prefere facas a armas de fogo.

Harvey Dent/Duas-Caras: Esqueça completamente o Duas-Caras do Tommy Lee Jones. Este é o verdadeiro anti-heroi que Harvey tem que ser. Promotor de Gotham, ele é a esperança que a cidade tem para a corrupção acabar e também o trunfo principal de Batman, apesar de ele ser apaixonado por Rachel. Harvey ama Rachel tanto quanto Bruce e chegou até a pedi-la em casamento. Ele também acha Bruce um tremendo arrogante e egocêntrico, mas confia plenamente no Batman. Foi Harvey quem avisou a Gordon que na unidade dele tinha corruptos, porém Gordon não o escutou e o resultado disso foi a morte de Rachel e a deformação dele de um lado do rosto. Antes disso, ele tinha uma moeda com duas caras e sempre dizia que ele quem fazia a própria sorte. Com o incidente da explosão, a moeda de um lado ficou carbonizada e agora Harvey a usava como 50/50, 50% de chances de um lado e 50 de outro. O Coringa, apesar de ter maquinado toda a morte de Rachel, ainda conseguiu corromper Harvey e o fazer ir atrás de vingança contra aqueles que foram os responsáveis pela morte de sua amada, a começar pelo próprio Coringa que pegou a cara não carbonizada. As últimas pessoas que Harvey queria se vingar eram o Batman e Gordon, mas Batman salva o garotinho do comissário e acaba matando Harvey sem querer. Porém, Batman não queria que o Coringa fosse vitorioso e levou a culpa pelas mortes que Harvey ocasionou. A atuação de Aaron é excelente. E essa é a famosa frase de Harvey que me dá arrepios só de pensar: Ou você morre um heroi, ou vive o bastante para ver alguém se tornar um vilão.

Rachel Dawes: Continua sendo o amor da vida de Bruce e agora também é de Harvey. Pelo o que se passa no filme, ela ainda tem sentimentos pelo bilionário, mas está disposta a ter um relacionamento sério com Harvey Dent. Ela continua sendo uma pedra nos sapatos dos vilões, porém tem seu final trágico sendo mais uma vítima do Coringa. Isso é que eu acho interessante: nos filmes de heroi, eles nunca fizeram uma mocinha morrer e ainda de uma forma tão trágica. Antes de morrer, Rachel escreveu uma carta para Bruce dizendo que iria aceitar o pedido de casamento do Harvey e que não esperaria por ele. Alfred leu a carta, mas percebeu que Bruce ainda tinha a ilusão que ela ainda o queria antes de morrer e queimou a carta. Foi por causa dela que Bruce passou 8 anos sem sair da mansão até The Dark Knight Rises.

Alfred Pennyworth: Alfred de novo tem sua participação excelente em The Dark Knight. Na parte do plano para pegar Lau, foi Alfred quem tomou de conta das bailarinas convidadas pelo Bruce para seu mestre ir à China pegar o mafioso. É nesse filme também que ele guarda o segredo de Rachel: depois que ele lê a carta dela dizendo que iria casar com Harvey, ele ficou preocupado e logo em seguida um Bruce sem chão chorou na sua frente. Bruce disse que estava arrasado porque finalmente quando Rachel iria aceitá-lo de volta, ela morre. Imediatamente Alfred pegou a carta da moça que estava junto com o café da manhã e escondeu dele até finalmente queimá-la. Ele fez isso para proteger seu patrão.

Jim Gordon: Outra participação cabeça nos filmes do Nolan. A atuação de Gary Oldman foi show nesse filme. Gordon lidera um grupo de policiais na busca pela prisão dos mafiosos de Gotham. Várias vezes ele pede ajuda ao Batman junto com Harvey. Ele também é avisado por Harvey que o grupo dele tinha ratos, traidores que iriam mais cedo ou mais tarde dar problemas. E foi o que aconteceu. Gordon tentou ainda salvar Rachel da armadilha do Coringa, mas sem sucesso. Ele também foi alvo da vingança de Harvey juntamente com a sua família. E ele foi o responsável por espalhar o ódio pelo Homem Morcego no final do filme por pressão do próprio Cavaleiro das Trevas.

Lucius Fox: Teve gente que pensou que nosso amigo Fox seria apenas o fornecedor de Bruce, mas Nolan provou que eles estavam enganados. Lucius, além de ajudar Bruce com os armamentos, acessórios e meios de transporte do Batman, ele também foi uma peça fundamental para a captura de Lau e para achar o paradeiro do Coringa no final do filme. Ele também foi avisado por um funcionário da Wayne Company que iria dizer para Gotham toda quem era o Batman.

Acessórios e Meios de Transporte: O Batmobile continua o mesmo, mas no meio do filme ele é destruido e é transformado em uma moto super show! Novos acessórios como o rastreador de vozes em todos os celulares de Gotham também são de extrema importância para Batman achar o Coringa. Porém, nada de coisas exageradas que chegam na beira do impossível.


Roteiro: Muitas coisas aqui foram inovadoras. O fato do Coringa ser um vilão quase imbatível por não querer nada em troca, de Harvey Dent, um homem bom e íntegro, se tornar um vilão impiedoso e corrupto, de até um carinha que trabalhava na empresa do Bruce descobrir números na parte de armas e, assim, descobrir que o playboyzinho Wayne é o Batman... e por último, da mocinha Rachel morrer de forma terrível na metade do filme, são sinais de que Batman estava em boas mãos. Originalidade 10 para esse filme!

Trilha Sonora: A mesma do primeiro filme do Nolan, com a adição das músicas relacionadas ao Coringa e ao Harvey. Hans Zimmer? Então é excelente!

Nota Final: 9,3

THE DARK KNIGHT RISES (2012): O último filme da trilogia fantástica de Nolan e também deste post (ufa!). Assisti a esse filme duas vezes no cinema para não esquecer nenhum detalhe, e ainda queria ver uma terceira vez porque ADOREI! Dessa vez, Batman/Bruce terá que enfrentar o terrorista Bane para salvar Gotham pela última vez. Reprisando os mesmos atores Christian Bale, Michael Caine, Gary Oldman, Morgan Freeman e adicionando mais alguns como o vilão Bane interpretado por Tom Hardy, Joseph Gordon-Levitt como Blake/Robin, Anne Hathaway como Selina Kyle/Mulher Gato e Marion Cotillard como Miranda/Talia Al Ghul. Nolan disse que o tema principal desse filme que Batman/Bruce deve superar é a Dor.

Bruce Wayne: Bruce agora é um debilitado, manco e que não sai da mansão por nada desse mundo. Por oito anos, ele se trancou em sua gigante casa para ficar de luto por sua amada, Rachel. Alfred prefere assim, pois o rapaz, apesar da dor da perda, está tendo um pouco de paz. Em uma festa dada na mansão Wayne, ele é roubado pela a famosa Cat: suas digitais e o colar de sua mãe. O colar da sua mãe não é o principal motivo que Bruce tem para encontrar-se com Cat, mas sim suas digitais. A curiosidade o levou até Bane, um terrorista que fora expulso da Liga das Sombras e que agora quer destruir Gotham. Isso fez Bruce despertar para voltar como Batman, porém Alfred dessa vez fica contra ele. Alfred até tenta pará-lo dizendo sobre a carta que queimara de Rachel sobre o Harvey, mas isso não impede o rapaz. Ele fica bastante magoado com Alfred e chega até pensar que foi invenção do mordomo e amigo para não voltar as ruas como Batman. Por fim, ele perde a ajuda de Alfred e dessa vez tem apenas Gordon e Fox para guiá-lo. Com Gordon no hospital, Bruce tenta a ajuda de Fox que imediatamente contata uma amiga chamada Miranda Tate para assumir o cargo de dona da Wayne Enterprises. Depois disso, Bruce sente pela primeira vez o gosto de perder toda a sua grana graças as digitais que Cat havia roubado dele. Depois dessa, ele estreita as relações com Tate chegando até transar com ela e confiou nela plenamente. Ele, infelizmente, cai nas mãos de Bane depois que foi traido por Cat e foi parar em uma prisão dentro de um poço, onde a dor não só física como mental reinava. Com a coluna deslocada, ele foi obrigado a assistir Gotham sendo dominada por Bane pela TV até decidir que ele deveria voltar para salvar sua cidade. Ele tentou uma, duas e na terceira vez, sem a corda que o segurava, ele conseguiu escapar da prisão e foi imediatamente para Gotham onde procurou por Tate e Fox. Ele volta à tona como Batman, tem a decepção de descobrir que Miranda na verdade era filha de Ra's Al Ghul e que era ela quem estava liderando o terrorismo em Gotham e não Bane. Depois de derrotar ambos os vilões, a única solução para parar a suposta bomba nuclear era levá-la para longe com seu Bat e se sacrificar em prol de Gotham. Todos acreditavam que Bruce havia morrido, inclusive Alfred. Porém eles se reencontram em um restaurante em uma das parte mais emocionantes do filme. Por fim, Bruce entrega a Batcaverna nas mãos de Blake e vai morar em outro lugar com Selina. O mais humano dos Bruces é esse.

Batman: É o mais humano da franquia, principalmente quando ele está sem a sua máscara. O uniforme continua o mesmo, e o jeito de pensar também não mudou. Depois de oito anos sendo perseguido pela polícia, ele volta à tona para salvar os ingratos cidadãos de Gotham do terrorista Bane. Você nunca viu o seu heroi sendo massacrado tanto quanto nesse filme. O Batman apanha muito, sente muita dor, mas volta triunfante e mais forte. Apesar das várias decepções que ele recebe no filme com a de Alfred, a de Cat e a de Miranda, Batman se mostrou maduro para superá-las e assim, livrar Gotham dos terroristas. No final, ele teve que se sacrificar para o bem da cidade e foi homenageado com uma estátua em Gotham.

Alfred Pennyworth: É uma pena que Alfred se recusou a ajudar Bruce nesse filme, mas ele fez tudo isso só para protege-lo. Ele não queria enterrar outro Wayne. É nesse filme que ele revela a Bruce sobre a carta de Rachel fazendo o rapaz ficar magoado. Como ele viu que não iria funcionar, ele teve que deixar Bruce sozinho. É uma das cenas mais emocionantes do filme, e eu cheguei a lacrimejar no cinema. "You'll leave me?" Disse Bruce com aquela cara com olhos cheios d'água. E então Alfred só volta no final do filme para lamentar a morte de seu patrão e amigo "I'm so sorry. I failed you. You trusted me, and I failed you". Porém, eles voltam a se encontrar em um restaurante em Florença.

Bane: Esqueça o Bane ridículo do Batman & Robin e pense só nesse aqui a partir de agora. Bane foi um ex-membro da extinta Liga das Sombras e se tornou um terrorista com os mesmos propósitos desse grupo: destruir a corrupta Gotham. O que ninguém sabe é que Bane fora o protetor de Talia, filha de Ra's Al Ghul que nasceu na prisão, e ajudou a garota a fugir de lá. Anos depois, ela volta para resgatá-lo, mas seu rosto estava todo desconfigurado. A sua máscara foi desenvolvida para aliviar a dor que ele sentia na mandíbula. Bane também é apaixonado por ela e faz de tudo para agradá-la, nem que seja para se sacrificar. Ele é o responsável pela dor que Bruce sente durante o filme. É inteligente, torturador e manipulador. Nolan conseguiu unir a história deste vilão com a de Talia de forma impressionante. Tom Hardy faz um excelente papel.

Talia Al Ghul/Miranda Tate: Filha de Ra's Al Ghul, nasceu no inferno que era a prisão. Sua mãe foi morta dando o nome a criança imediatamente. Quando a garotinha quase ia sendo morta pelos outros presos, Bane apareceu para protege-la e imediatamente ele a levou para escalar o poço. Enquanto ela escalava, Bane tentava parar os presos sem sucesso e foi derrotado. Nesse momento, Talia ficou desesperada e pulou para fora do poço, fugindo em seguida. Anos mais tarde, ela volta para resgatar seu protetor e ajuda a desenvolver uma máscara para aliviar as dores de sua mandíbula. Sabendo sobre o projeto das Empresas Wayne sobre um núcleo que era uma das esperanças para o planeta sair da crise biológica, ela também descobriu que era nuclear e mandou Bane raptar o Dr. Pavel para transformar o suposto núcleo em uma bomba para destruir Gotham. Ela se fez de amiga do Bruce e até de amante para descobrir onde o rapaz guardava suas armas e como chegar ao núcleo, conseguindo até ser dona da empresa. Talia então começou seu plano sempre fingindo ser boazinha até mostrar suas garras para o Batman, o esfaqueando na barriga. Ela sabia que o grupo do Homem Morcego queria religar o núcleo no seu aparelho, mas ela descobriu também como ativar o sistema para inundar todo o local. Assim, ela morreu em um acidente quando o grupo do Batman estava tentando pegar o núcleo de volta e acreditou ela que tinha conseguido cumprir o plano do seu pai.

John Blake/Robin: A polícia costuma ser meio inútil nos filmes do Homem Morcego, mas não na trilogia do Nolan. Blake é um orfão que sempre acreditou que o Batman nunca tinha matado Harvey Dent e, por incrível que pareça, ele é bom com deduções. Ele chegou a deduzir que Bruce era o Batman e foi atrás dele para pedir que o Batman voltasse para proteger Gotham pois ninguém acreditava nele e em Gordon. Bruce ficou impressionado e depois de um tempo, decide voltar. Foi Blake quem descobriu que Bane estava preparando uma armadilha para prender todos os policiais da cidade no esgoto e tentou até avisar, mas foi tarde demais. Apenas ele e Gordon eram os únicos policiais que estavam do lado de fora do esgoto e começaram a criar planos juntamente com o Batman, o grupo do Batman como eu chamo, haha (Batman, Gordon, Cat, Blake e Fox). No final, ele levou um ônibus com garotos órfãos para a única ponte que tinha acesso para fora da cidade e tentou retirá-los da cidade, mas sem êxito. Então ele viu o The Bat sobrevoando o mar e levando a bomba junto com ele. O que ele viu foi apenas a explosão longe da cidade e ficou feliz por não ter nunca desistido de seu heroi de infância. Por fim, Bruce confia nele o mapa da Batcaverna onde, provavelmente, ele começou sua jornada ou como Robin ou como Batman mesmo. Esse é o melhor Robin na minha opinião apesar de não ter aparecido como Robin propriamente dito.

Selina Kyle/Cat: Uma coisa interessante nesse filme é que essa ladra não é chamada de Mulher-Gato em nenhuma parte do filme e em um dos jornais que Bruce lê sobre ela, ela é chamada de Cat apenas. Selina é uma ladra com os dias contados. A sua esperança estava em um aparelho chamado Ficha Limpa, que deleta todos os arquivos do usuário existentes na face da Terra. Ela queria recomeçar, mas foi enganada ao entregar as digitais de Bruce e foi quase morta. Depois ela foi procurada por Bruce e interrogada, saindo de lá com o carro dele. Bruce confia nela mais uma vez para ela mostrar onde Bane estava e ela o traiu mais uma vez. Com o desaparecimento de Bruce, Selina tentou fugir de Gotham, mas foi pega de surpresa por Blake que a prendeu. Na prisão, ela refletiu sobre o que fez com Wayne e assim que é solta por Bane, decide não mais se meter na história até Bruce voltar das cinzas e pedir pela última vez sua ajuda. Ela ficou impressionada porque por mais que ela tenha o traido, ele continuava acreditando nela. Dessa vez ela o ajudou a salvar Gotham em troca do Ficha Limpa e na hora que era para ela ir embora, ela decide ir com Bruce e viver com ele. Ela não é tão carismática quanto a Selina de 1992, mas tem sua importância na história. Ela também não é considerada vilã e sim uma anti-heroina nesse filme.

Jim Gordon: Também teve sua grande importância na história, passou a primeira metade do filme no hospital devido a uma investigação que ele e Blake descobriram sobre o paradeiro de Bane. Na segunda metade, ele tenta contatar o exercíto americano mas é impedido por Bane e levado ao tribunal de Crane para ser julgado por morte por exílio. Batman o salva e pede para Gordon implantar no núcleo um dispositivo que impedia que a pessoa que estivesse com o detonador ativasse a bomba antes do tempo. Ele assim o fez, encerrando sua participação na trilogia de Nolan.

Lucius Fox: Também de extrema importância nesse filme, ele contata Bruce sobre o The Bat, sobre Miranda e tenta reconectar o núcleo ao aparelho, mas não consegue devido à inundação causada por Talia.

Acessórios e Meios de Transporte: A moto do Homem Morcego volta, mas com a Cat pilotando. The Bat é um meio de transporte voador que foi muito importante para o Batman salvar Gotham. Foi com ele que o Cavaleiro das Trevas levou a bomba para longe da cidade. Sensasionais! E os acessórios continuam os mesmos.

Roteiro: Brilhante, Nolan não podia terminar a sua trilogia com um roteiro melhor que esse. Nada de furos, tudo bem conectado. Mostra um Batman mais humano do que nunca e era algo que eu estava esperando desde um bom tempo. Nolan mais uma vez consegue mixar a história de dois vilões de forma impressionante. Sem contar que o filme é emoção total, te dá aquela sede de justiça enorme quando os policiais saem dos esgotos e enfrentam os homens do Bane como se fosse uma batalha medieval! E já disse que chorei quando o Alfred deixa o Bruce e volta para ver sua lápide? Chorei mesmo, em pleno cinema! Enfim, esse filme é perfeito, sem mais.

Trilha Sonora: Continua a mesma, com adições das músicas do Bane e da Talia. Hans Zimmer é o cara!

Nota Final: 9,4

Enfim, espero que tenham gostado da minha review sobre os filmes do Batman! Passei quase dois dias escrevendo esse negócio, hahaha. Agora deixa eu descansar minha coluna. LOL